AS QUATRO CORRENTES DO ART NOUVEAU

posted under by Gabi Duarte
Partindo da subdivisão inicial da Arte Nova, distinguiram-se quatro correntes específicas, ligadas às zonas geográficas onde se exprimiram.

- A primeira, que se desenvolveu na área franco-belga, caracteriza-se por uma forte abstração dos elementos naturalistas de partida e por um evidente simbolismo do conjunto; as linhas, marcadas por um dinamismo plástico “nervoso”, desenvolvem-se organicamente, muitas vezes a partir de um único ponto do móvel, vindo a transformar-se num elemento estrutural.


Sala de jantar do Hotel - Eetevelde 1895-1900 (Victor Horta - arquiteto belga)

- A segunda, tipicamente francesa e representada pela Escola de Nancy, está ligada a uma representação mais naturalista das formas animais e florais, que são usadas tanto como decorações, quanto como elementos estruturais; também neste caso se encontra presente um forte simbolismo, sublinhado pela inserção nos móveis de escritas alegóricas.

ESCOLA DE NANCY – fundada em 1901
Entre 1871 e 1900 – muitos artesãos talentosos fugidos da Prússia instalaram-se em Nancy (distante 30km da fronteira franco-prussiana). Esse fluxo de emigrantes aumentou a vida cultural e comercial de Nancy, tornando-se a cidade mais importante do leste da França. Vários designers produziram mobiliário e peças em vidro no estilo Art Nouveau, dentre eles: Jean Daum, Émile Gallé e Louis Majorelle, que foram muito apreciadas e tiveram grande sucesso comercial. Em 1901, instigadas pelo sucesso do trabalho, varias empresas que atuavam na região reuniram-se para fundar a Aliança da Província das Indústrias de Arte, que ficou conhecida como École de Nancy.


Aquário da Escola de Nancy

- A terceira corrente encarnada pela escola inglesa de Glasgow, identifica-se com o uso da linha como elemento de simplificação absoluta e de nítidas formas geométricas em que prevalecem uma verticalidade simbólica e um emprego muito rigoroso da cor.


- A quarta corrente desenvolve-se particularmente na região austro-alemã, manifestando uma tendência, de certo modo semelhante à inglesa, ligada à valorização dos elementos construtivos e ao controle das formas, que muitas vezes se identificam com as figuras da geometria elementar: o circulo e o quadrado. Também a decoração é utilizada com moderação, perdendo quase completamente o simbolismo comum às outras correntes.

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